No último século, em meados dos anos cinquenta, nota-se uma crescente atividade cultural em Cabo Verde. Ainda que sem toda a liberdade, saraus de poesia e peças de teatro são organizados e escritos. Na capital, Praia, e também na Ilha do Sal são criados cinemas. Em Praia, até mesmo existe a formação de um grupo de cinéfilos. Na mesma década, em São Vicente surgem cinemas.
Não é difícil perceber o porquê do
cinema ser tão importante para o povo cabo-verdiano: em meio a toda opressão e
censura que a colonização representava, o cinema acaba por ser a única forma de
liberdade possível. E mesmo assim, não tão bem aceito. Um grupo de ativistas
cinematográficos – aquele mesmo, citado no primeiro parágrafo – é preso por sua
fuga da censura.
Não só isso, apesar de todas as
adversidades, o cinema teve um papel importante para a caminhada para independência,
apresentando forte resistência. Filmagens que mostravam as lutas de libertação
e também faziam propagandas do PAIGC.
Hoje, essa arte continua tendo grande
relevância, promovendo obras nacionais e até mesmo mostras de cinema móvel. Os
filmes objetivam retratar o país, seu povo e cultura. A história, as conquistas
e tudo que Cabo Verde puder oferecer. Existe também o Cabo Verde Internacional
Film Festival, que expõe ao mundo a produção cabo-verdiana. Esse festival, na
realidade, foi apresentado em nosso grupo por uma colega e foi o que me motivou
a escrever sobre esse tema.
O cinema me atraiu justamente por representar
tanto na história desse povo que lutou e até hoje luta, para superar o atraso
proveniente de séculos de exploração e falta de liberdade. Também é uma área da
arte que sempre foi do meu agrado e acredito que possa ser do agrado de muitos
de vocês. Para me despedir, recomendo a todos, então, que assistam o filme “Viagem
a Cabo Verde”.
Referências:
Texto de Beatriz Salazar está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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