sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Para encerrar a noite ao som de uma boa música...

Jenifer Solidad Almeida é, aos 29 anos, uma das artistas mais espetaculares do atual cenário musical cabo-verdiano. De voz rouca, carismática, é uma cantora eclética que viaja com um swing único pelos mais variados sons do mundo. Ainda não possui discografia própria – apenas duetos com alguns grandes nomes do panorama artístico crioulo -, o que está entretanto prestes a mudar. O primeiro disco a solo de Jenifer Solidad chega em 2014.










Feitas as contas, há 11 anos que Jenifer é presença habitual nos palcos de Cabo Verde. Também já cantou em Portugal e em Angola, elegendo sempre a música tradicional cabo-verdiana como a sua bandeira. Porque é a cantar os ritmos da terra que a viu nascer é que se sente mais ela.
“Os ritmos tradicionais fazem parte de mim. Sou cabo-verdiana e cresci a ouvir boa música ao lado do meu pai. Adorava sentar-me ao pé dele para ouvir mornas. O meu pai não toca nem canta, mas lembro-me de vê-lo, quando era ainda pequena, com um caderno onde escrevia as letras de grandes mornas”, conta.
O CD deverá chegar ao mercado em 2014, mas Jenifer Solidad diz que não tem pressa. “Estou a prepará-lo de forma aprimorada, como se gerasse um filho no meu ventre. Não quero nada precipitado. Tenho que me concentrar naquilo que eu quero e no público que pretendo alcançar”, afirma a cantora.
Para aguçar o apetite do público,já lançou o primeiro single do disco, “Rancá Djack”. “É uma adaptação para crioulo do swing Hit the road Jack, do cantor norte-americano Ray Charles. É uma versão que satiriza os homens cabo-verdianos e brinca com a forma como as mulheres lidam com eles: Mandámo-los embora mas esperamos que eles voltem”.
Clipe oficial de "Rancá Djack"





"Djarfogo" - Ilha de Fogo

A origem do arquipélago é vulcânica e na Ilha de Fogo existe um vulcão ativo. Foi uma das primeiras Ilhas a ser povoada. São Filipe é a terceira cidade mais antiga do arquipélago e o maior centro urbano da ilha. A ilha é a mais saliente do grupo, devido à altitude do vulcão. Pico do Fogo teve sua última erupção em 2 de abril de 1995. Sua característica mais espetacular é uma cratera com 9 km de largura, com uma bordeira de 1 km de altura. O cone central Pico constitui o ponto mais elevado da ilha (2 829 m). Lava do vulcão tem alcançado a costa oriental da ilha em tempos históricos.

Pico do Fogo

Chã das Caldeiras e Pico do Fogo ao fundo

Vídeo da última erupção do vulcão em 1995

A ilha do Fogo foi descoberta nos anos de 1640, no mesmo período que as ilhas de Santiago e Maio. Situada a oeste de Santiago, tem forma circular, com uma área de 476 km2, e tem o ponto mais alto de todas as ilhas de Cabo Verde. Atualmente tem uma população de quase 40 mil habitantes.

Em 1582, segundo as letras do conceituado escritor cabo - verdiano Germano Almeida, no seu livro CABO VERDE, VIAGEM PELA HISTÓRIA DAS ILHAS - a ilha do Fogo tinha cerca de 2300 pessoas, das quais 300 eram homens livres e 2000 escravos, vivendo a vida praticamente numa economia baseada exclusivamente no cultivo e plantação do algodão e videira cujos produtos eram enviados para San Tiago, e depois exportados e comercializados na Guine e Brasil. A vida dos Foguenses,durante o período da colonização, não foi nada fácil, para além da falta da liberdade, houve períodos de grande sofrimentos que marcaram para sempre a história desse povo, como as terríveis fomes nos anos 1700 e a grande erupção de 1759, arrasando com a ilha e atingindo até outras como Santiago, prejudicando a pastagem e agricultura. 

Na atualidade a ilha do Fogo está administrativamente dividida em três municípios: São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina, sendo esse último o mais novo. A Cidade de São Filipe serviu se por muitos anos como centro administrativo da ilha; é uma cidade histórica e bem estruturada, crescendo a um bom ritmo socialmente e economicamente. É nesta cidade e vizinhança que ficam os famosos e falados sobrados que estão cada vez mais representando o passado, presente e futuro desta cidade. 


Na cidade de São Filipe todos os anos no primeiro dia de Maio, celebra-se a grande festa de Nho San Filipe que atrai grande público. Durante uma semana ou mais,a ilha do Fogo é o centro de atenção de Cabo Verde. 

Festa Nho San Filipe. Fotos, Manuel Costa

Durante as festas, há as tradicionais corridas de cavalo, que atrai grande público. O cavaleiro e cavalo premiados receberão uma taça e um prêmio alto em dinheiro. 


Entre histórias e danças, o povo da ilha do Fogo caracteriza-se por apontamentos físicos muito distintos das outras ilhas cabo-verdianas, como os cabelos louros e olhos azuis. São descendentes, em grande maioria da terceira e quarta gerações, de Armand Montrond, um conde francês, que viveu no Fogo durante os finais do século XIX e princípios do século XX.

 
Além das localidades onde viveu, a população da Chã das caldeiras, onde está o grosso dos seus descendentes, constitui um testemunho evidente da sua presença no Fogo. Pois os seus filhos Manuel da Cruz e Miguel foram determinantes no processo de ocupação e povoamento da localidade. Juntamente com outros, serão os percursores da ocupação efetiva de Chã das caldeiras.
Além da herança genética, Armand Montrond deixou uma herança cultural distinta, que se revela nas técnicas de produção de vinho e do café e na música. 
"Djarfogo" tem uma beleza espontânea, espetacular, natural, e muito apreciada, mesmo contagiante, e enigmática, que contagia a maioria das pessoas que por lá passam.
Fontes:
  1. http://www.manduco.net/armandmontrond.htm
  2. http://www.turismo.cv/fogo
  3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_do_Fogo
  4. http://topicos123.com/ILHA-DO-FOGO.HTML 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

         No início do século – mais precisamente entre os dias 6 e 8 de Setembro de 2000 – houve a aprovação da Declaração do Milênio das Nações Unidas. Esse documento foi produzido no decorrer de meses, com o apoio do Fórum do Milênio. Não podemos nos esquecer, também, da participação ativa do PNUD, que busca coordenar o alcance dos objetivos da declaração em todos os países.
         O que seria, então, o PNUD? Sua sigla representa Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida em escala mundial, sendo assim capaz de auxiliar e sustentar crescimento e desenvolvimento global.
         Nas palavras do antigo secretário-geral da ONU, Kofi Atta Annan (secretário-geral de 1 de janeiro de 1997 a 1 de janeiro de 2007), a intenção da Declaração era “utilizar a força simbólica do Milênio para ir ao encontro das necessidades reais das pessoas de todo o mundo”. Uma atividade inicialmente incumbida à ONU. Mas acima de tudo, de todas as nações. Os líderes e também nós.
         Os principais valores a seguir referidos no documento são: liberdade; igualdade; solidariedade; tolerância, respeito pela natureza; e responsabilidade comum.
         “Nesta ocasião histórica, reafirmamos solenemente que as Nações Unidas são a indispensável casa comum de toda a família humana, onde procuraremos realizar as nossas aspirações universais de paz, cooperação e desenvolvimento. Comprometemo-nos, portanto, a dar o nosso apoio ilimitado a estes objetivos comuns e declaramos a nossa determinação em concretizá-los”, é dessa maneira que o documento é finalizado.
         Foram criados, então, os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento, sendo esses oito. Desse modo, são estabelecidas as prioridades em escala mundial quanto a medidas de políticas sociais. O oitavo objetivo, como uma forma de firmar os outros, trata da cooperação entre as nações, para que os objetivos sejam alcançados com menor dificuldade.
         Os objetivos do Desenvolvimento do Milênio são:


        – Redução da Pobreza;
        – Atingir o ensino básico universal;
        – Igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
        – Reduzir a mortalidade na infância;
        – Melhorar a saúde materna;
        – Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
        – Garantir a sustentabilidade ambiental;
        – Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.



         Em nosso país de estudo, Cabo Verde, há a implantação de ações estratégicas para que, em um futuro próximo, todas as metas contidas na Declaração do Milênio sejam cumpridas. Percebe-se que houve uma considerável melhora na busca para cumpri-las em âmbito nacional desde o início do “projeto”. No entanto, ainda é uma questão a resolver-se quando se trata dos municípios em separado.
         O país já apresentou dois relatórios relacionados à­ causa. A elaboração de ambos contou com a ajuda não só de ONGs e do governo, como também da sociedade cabo verdiana em um geral.
         Graças às crises catastróficas que acometeram o arquipélago em 2009, o governo fez alguns investimentos públicos, com consequente diminuição da taxa do desemprego e da pobreza, redução da carga fiscal e melhoria da qualidade de vida dos agregados familiares.
         Tem início, então, o projeto “Mundu Novu”. Com o apoio do Estado, parceiros tecnológicos, a sociedade cabo verdiana, o Tecido Empresarial local e os agentes da Educação, o programa atua em diversas áreas, tais quais economia e modelo educacional. Seus principais objetivos são:


         – Modernizar o processo de ensino através da utilização das tecnologias de informação e comunicação;
         – Melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem; Aumentar significativamente o nível de conhecimento dos cabo-verdianos;
         – Tornar Cabo Verde mais competitivo na economia global;
         – Promover a equidade social na Sociedade de Informação, através da redução das assimetrias sociais e da infoexclusão.

         Gráficos (Cabo Verde)

         Objetivo 1:




         Objetivo 2:




         Objetivo 3:




         Objetivo 4:




         Objetivo 5:




         Objetivo 6:



         Vídeos:





         O último vídeo, infelizmente, não foi encontrado por inteiro e percebe-se que está cortado. Ainda assim, nos mostra o atual estado de cabo verde quanto aos objetivos – e esse é positivo, de acordo com o presidente do Instituto Português de poio ao Desenvolvimento.
         Canta, Cabo Verde!

Referências:


Licença Creative Commons
Texto de Beatriz Salazar está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Já é um pouco tarde da noite, mas nunca o bastante para ouvir música boa. Hoje temos Mayra Andrade contando, cantando, e encantando sobre suas origens.
Boa noite, leitores!


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Brevemente sobre história:

(Que pensam os homens da mulher cabo-verdiana?)

Cabo Verde é um país extremamente católico e conservador. As mulheres cabo verdianas viram a possibilidade de dar voz aos problemas sociais que lidam através da literatura. Ao fazer isso, as autoras passaram a retratar problemas que não afetam apenas as cabo verdianas, mas mulheres ao redor de todo o globo.
E desde então, a identidade feminina passou a ser vista com características masculinas, por assim dizer, uma vez que as mulheres retratadas não viviam em situação de exclusão e estavam incluídas e ativas em todas as camadas da sociedade, com sua importância reconhecida.

A importância da mulher na sociedade cabo verdiana

"Numa sociedade eminentemente agrícola, reconhece-se cada vez mais a importância do trabalho feminino na realização de tarefas como a sementeira, a colheita, o descasque e a transformação do produto, além de recolher água (percorrendo longos trajetos), transportar lenha e cana para o fabrico do grogue, fazer funcionar o fogão de três pedras (gastando muitas horas de seu dia), carregar pedregulhos ou latões de cascalho à cabeça na frente de abertura de estradas. Além de valiosa mão-de-obra nos campos e de cumpridora dos trabalhos domésticos e funções familiares (como mãe e chefe), a mulher é força atuante no resgate e na preservação do patrimônio cultural do Arquipélago." 
(ATAS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU: PERCURSOS DO SABER E DA CIÊNCIA)

Além disso, a perpetuação cultural da mesclagem entre o catolicismo e religiões africanas muito se deve as mulheres, que eram responsáveis por funções como a boda, do culto ao padrinho e à madrinha, junto às superstições e práticas mágicas, ao recurso às botadeiras de sorte.

" A língua nacional, o crioulo, bem como as práticas e comportamentos são transmitidos pelas mães às crianças. Por via feminina são preservados o artesanato (rendas, bordados, cestos, artefactos de barro), a medicina tradicional (curandeirismo, parteiras, com seu cachimbo, remédios caseiros, rezas e estórias), o fabrico do sabão de purgueira, a culinária com função identitária (confeção dos pratos tradicionais, cachupa, pirão, xerém), e ainda o pilão e a tabanca. A manutenção da tradição oral dos contos fantásticos da boca di tardi, dos coros femininos que atuam nas cerimônias fúnebres e nas guisas (comunicação da morte), da morna, do batuque, das finason e cantigas de trabalho entoados (e muitas vezes compostos) pelas cantadeiras tradicionais consagram, enfim, a mulhercrioula como guardiã da memória e grande transmissora da cultura. A morna tradicional, manifestação musical preservada pela mulher do povo, canta o trabalho na lavoura, a lavagem de roupa, o carregamento de mercadorias; a morna contemporânea, cuja musa é a Cesária Évora dos pés descalços, canta o amor 
(crecheu), a saudade, os povos irmãos africanos, o Caminho para S. Tomé"
(ATAS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU: PERCURSOS DO SABER E DA CIÊNCIA)

Apesar de mostrar uma significante importância história, a mulher sempre foi excluída de assuntos que não abrangessem o lar, a religião e a família. 

Por que pode-se considerar a literatura cabo verdiana feminista?


Ensinaram-nos que devíamos ser heróis de qualquer coisa. Exigem que façamos permanentemente 
exercícios de auto afirmação. Não nos educaram para corajosamente debatermos os nossos medos, 
falhas, hesitações, infernos. Apetrecharam-nos com o mito de super-machos e esperam que sejamos 
sempre vencedores, fazendo-nos inimigos da própria maneira de estar, escamoteando a verdade, 
falseando as fronteiras. E porque somos apenas normais e temos vergonha da nossa normalidade, 
passamos o tempo todo a pensar numa roupagem que impressione. E vestimo-nos de atletas, 
mascaramo-nos de campeões, para, às escondidas, chorarmos a nossa simplicidade. 
(...) Não temos coragem para dizer não sou o melhor e não tenho que o ser, em justificar-me da minha fragilidade. Entrar em competição com as minhas fantasias e as dos outros seria sinal de simples imaturidade e falta de respeito por mim próprio  prosseguiste descontraído, quase a rir "
(Dina Salustio, em um ensaio sobre a relação dos sexos e suas funções na sociedade)


(Dina Salústio, Maria Margarida Mascarenhas(à direita), Antónia Gertrudes Pusich, Yolanda Morazzo, Orlanda Amarílis)


Desde os primórdios da literatura cabo verdiana, escritores retrataram as relações de gênero, a feminilidade e masculinidades, e o cotidiano feminino sob uma ótica peculiar.
Como pode ser lido aqui, Antónia Gertrudes Pusich foi a autora pioneira da literatura cabo verdiana. Começando por ela e se estendendo por autoras como Maria Helena Spencer, Orlanda Amarílis, Ivone Aída, Maria Margarida Mascarenhas, Fátima Bettencourt, Dina Salústio, Vera Duarte, Ondina Ferreira, assuntos como a restrição da mulher ao lar, o machismo, prostituição, privar vs demonstrar sua sensualidade, patriarcado, pedofilia, maternidade precoce, loucura e mulheres chefes de família foram amplamente retratados.

" Conceição amava o deserto. Buscava sempre as achadas descampadas para brincar. O Mar nunca. 
Banhava-se no pó, sentia as pedras e brincava com as nuvens em permanente mutação ao sabor do 
vento.(...) 
Quando as nuvens açuladas pelo vento doido cabriolavam no céu, projectando sombras velozes, 
Conceição corria desafiando as nuvens, desafiando o vento. (...) 
Conceição irrompendo naquela paisagem de sol transparente que crestava a pele, as roupas, o lixo... O pó triturado, farinha solta arrastada pelo vento, mascarando as casas e a palha das coberturas. A 
poalha nas gentes e nas coisas. A Ilha enfarinhada, crestada como os pães nos cestos de madrugada. 
(...) "
(Maria Margarida 
Mascarenhas)

A mulheres retratadas sempre contaram histórias vividas, falando desta forma seus protestos, angústias e medos. E sempre se fala da seca, fome, de filhos sem pai, de moças "exploradas", da gravidez precoce. Em suma, é um grito contra o preconceito.


Quase todos correndo para o Mar. E Conceição sob o sol virada para a Terra. Fincada no chão das 
Achadas, decorando as pedras
Sempre pensei escrever a tua história, TOIA, num dia de raiva e nunca num dia de desencanto e 
cansaço. Queria atirá-la em forma de grito. (...) Queria que esse GRITO repercutisse para além do 
infinito e que encontrasse eco em cada ser universal. (...) queria levantar e gritar de novo a história de  outras tantas Toias."
(Maria Margarida Mascarenhas)

A tragédia que muitas mulheres sofrem ao longo de sua vida são retratadas no conto Álcool da noite, de Salústio.

A noite estava serenamente calma e o calor convidava a estar-se a olhar para as estrelas, 
preguiçosamente (...). De lá das bandas do cemitério uma voz canta uma morna. Tudo normal se a voz não parecesse sair dos intestinos de algum bicho em vez de uma garganta humana, por muito 
desafinada que fosse. Era de uma mulher, reconheci com mais cuidado. Aliás, eram as vozes de duas 
mulheres. A segunda faz coro com obscenidades e a desarmonia, o desleixo transparecido e o 
despudor agridem os ouvidos. (...) Vêm-se aproximando. E estão bêbadas. (...) Sinto raiva. Agora possovê-las no arco iluminado pelo candeeiro. Parecem-me jovens. (...) 
A noite não tinha mais magia. Acho que nem estrelas. (...) vou pensando, enquanto desço as escadas. 
E os passos falam vergonha, humilhação e revolta. E pena "

Além disso, o apoio e inspiração a criação do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Gênero e da Organização das Mulheres de Cabo Verde viram, principalmente, das autoras tão importantes em sua literatura.

Cesárea Évora, uma das artistas e mulheres mais importantes de Cabo Verde

Em suma, a história e sociedade de Cabo Verde vêm sido moldadas, transmitidas e renovada através de uma nova visão da mulher, muito em parte vindo de suas autoras ao longo da história. Como visto no vídeo acima, ainda há muito o que mudar em relação a forma como a mulher é tratada e vista na sociedade, e a influência delas vêm aumentando cada vez mais não só no arquipélago, mas no mundo.


Texto por: Suzana Barbosa, 2014. Blog Eu Me Chamo Cabo Verde © todos os direitos reservados, é permitida a divulgação do texto, desde que haja a fonte.
   O Carnaval de Cabo Verde nos salta aos olhos por assemelhar-se ao Carnaval brasileiro. Isso mesmo! A cultura cabo verdiana foi crescendo e evoluindo a partir de fragmentos de outras tradições e culturas. Pouco à pouco, Cabo Verde foi criando o carnaval mais do seu próprio "jeitinho", e que hoje é muitíssimo conhecido entre os países lusófonos.
   Em Mindelo (umas das ilhas do arquipélago), o carnaval caracteriza-se por desfile de carros alegóricos, marchas com muitas músicas e danças. Os temas carnavalescos sempre integram a história e a cultura da ilha e as músicas e os trajes são elementos fundamentais nos desfiles. Assim como no Brasil, o Carnaval de Cabo Verde ocorre anualmente. Nessa época, visitantes de outras ilhas visitam seus "irmãos" de arquipélago e fazem essa incrível festa.
   Já em São Vicente, temos um movimento carnavalesco muito conhecido por nós brasileiros: o Carnaval dos Blocos. O funcionamento é o mesmo, os blocos caminham pelos bairros com muita euforia e músicas que fazem críticas aos costumes ou à política local. Os blocos de carnaval de São Vicente já formaram maiores multidões de pessoas, aos poucos, os blocos foram se tornando mais elitistas por conta das classes sociais. Apesar dos blocos mais seletivos, existem alguns grupos que são mais flexíveis com a participação da população, contanto que os indivíduos compartilhem uma mesma ideologia de bairro.
   A música, com grande influência do samba brasileiro, retrata a realidade cabo verdiana. As letras geralmente abordam temas atuais da sociedade, da política ou até mesmo (re)contar um pouco mais sobre suas raízes históricas. Na dança, não há separação por classe social. As dançarinas dão um show de interpretação com batidas bem marcadas pelos tambores.
   E para quem ficou com curiosidade, abaixo temos um "gostinho" do Carnaval de Cabo Verde:



Autor: Caio Gentil



terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bom dia, boa tarde, boa noite a você que acaba de acessar nosso blog.
Esperamos que possam fazer bom proveito das informações aqui presentes acerca de Cabo Verde. Esse será um centro de informações constantes sobre o país, trazendo notícias, pesquisas e outros.
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Antecipadamente gratos,
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